quinta-feira, maio 26, 2011

Técnicas usadas pela primeira vez no Brasil


Transplante pioneiro pode devolver movimento a pacientes na Bahia

Uma técnica usada pela primeira vez no Brasil traz esperança a pacientes que ficaram paralíticos. Médicos querem devolver alguns movimentos aos pacientes, implantando células tronco especiais. A primeira cirurgia foi feita nesta quinta-feira (14), em Salvador.

O paciente é um policial militar de 45 anos. Ele perdeu os movimentos das pernas há cinco anos depois de cair de um telhado.
O PM recebeu injeções de células-tronco mesenquimais diretamente no local onde a medula foi atingida.

As células mesenquimais são retiradas do osso do quadril do próprio paciente e podem se transformar em vários tipos de tecido. Cães e gatos que receberam injeções dessas células recuperaram parte dos movimentos das patas afetadas. O método começou a ser estudado há seis anos por pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz e dos hospitais Espanhol e São Rafael, em Salvador.

Até o fim do ano, outras 19 pessoas com paralisia serão submetidas a esse tipo de cirurgia. Depois de operadas, todas irão fazer fisioterapia por seis meses para fortalecer a musculatura atrofiada.

O neurocirurgião Marcos Mendonça explica: “Nós esperamos que os pacientes tenham uma melhora não só da função neurológica, como melhora da qualidade de vida”, diz.

Doença de Chagas

Em outro procedimento inédito, médicos fizeram, em junho de 2003, também na capital baiana, o primeiro transplante de células-tronco em um paciente com insuficiência cardíaca decorrente da doença de Chagas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Introdução as Celulas Tronco



Células tronco são células que têm uma grande capacidade de se transformar em qualquer outra célula do corpo humano, formar tecidos e órgãos, esta é uma capacidade especial, porque as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico (por exemplo: células da pele só podem constituir a pele).
As células tronco são encontradas nos embriões nas fases iniciais da divisão celular, pois a célula ainda não “decidiu” que parte do corpo ela irá formar, então ela está disponível a formar qualquer tecido ou órgão. Elas podem ser encontradas também em tecidos maduros como o cordão umbilical e a medula óssea, porém estas não têm tanta capacidade regenerativa como as dos embriões.
Assim, as células tronco representam a cura para muitas doenças que até pouco tempo atrás eram julgadas sem cura, como o câncer, doenças do coração, osteoporose, doença de Parkinson, diabetes, cegueira, danos na medula espinhal, doenças renais, doenças hepáticas, esclerose lateral amiotrófica, doença de Alzheimer, distrofia muscular, osteoartrite, doença auto-imune, doença pulmonar, dentre muitas outras doenças.

PESPECTIVAS DE TRATAMENTO COM CELULAS TRONCO
Já são aproximadamente 15 mil casos de utilização de células tronco do cordão umbilical em transplantes de medula óssea para tratamentos principalmente de disfunções hematológicas como leucemias, linfomas, mielomas, talassemias, anemia falciforme, entre várias outras.
As células provenientes do sangue do cordão umbilical são uma excelente alternativa a aqueles que pacientes que não dispõe de um doador compatível de medula óssea.
Aplicações atuais das células tronco


Atualmente, as células tronco têm sido utilizadas em pesquisas clínicas que buscam elucidar sua biologia e testar sua efetividade no tratamento de diversas patologias. O site de registro de pesquisas clínicas Clinical Trials (www.clinicaltrials.gov) retorna centenas de resultados para a consulta com os termos “Umbilical Cord blood stem cells”. Desses estudos, atualmente apenas 15 encontram-se completos e 92 estão em fase de recrutamento.
As pesquisas incluem desde novas opções terapêuticas para o uso das células tronco do cordão umbilical em desordens hematológicas (leucemias, hemoglobinopatias e síndromes de falha da medula óssea), como novas terapias para o tratamento de erros inatos do metabolismo (doença de Gaucher, doença de Wolman, doença de Niemann-Pick, doença de Tay-Sachs), e tratamento de outros tipos de câncer como: tumores cerebrais, neuroblastomas, câncer de ovário, câncer de testículos, carcinoma tímico. Outras classes de patologias também vêm sendo pesquisadas: as desordens do sistema imunológico, como a doença granulomatosa crônica; e outras doenças crônicas de relevância para a população mundial, como osteoporose, artrite reumatóide, diabetes tipo 1 e doenças do coração. Esse levantamento denota o grande interesse nas células de SCUP e aponta para o potencial destas células no uso em diversas terapias.
Na verdade o tratamento com células-tronco só não foi, ainda, aprovado no Brasil por questões burocráticas e ética profissional, de não afirmarem que o tratamento é eficaz, enquanto não for liberado no Brasil.
Mas as pesquisas e mais, os resultados apresentados por aqueles que estão se submetendo ao tratamento comprovam que as células-tronco é um tratamento válido e tenho certeza que num futuro próximo deixará de ser um tabu e estará disponível e acessível a todos.